A Boeing prometeu que, em breve, suas aeronaves terão um novo sistema wireless, para que os passageiros se mantenham conectados a internet em pleno voo. O que é mais interessante sobre a novidade foi o método usado pela fabricante de aviões na pesquisa: sacos de batatas. Nove toneladas de batatas.
O simpático tubérculo não tem qualquer propriedade física que o faça mais ou menos eficiente em termos de conectividade. O uso das batatas pela Boeing serviu para emular da melhor forma possível a resistência que o corpo humano oferece às propagações de ondas de rádio dentro das compactas, pressurizadas e complexas cabines. Quando o passageiro se move, por exemplo, em direção ao banheiro, pode causar zonas de perturbação, que enfraquecem e interrompem a propagação do sinal no interior da aeronave.
Usando precisos dispositivos de medição, ferramentas de análise de dados especialmente desenvolvidas para a pesquisa, e muitas batatas, a Boeing desenvolveu um mapeamento que pode compensar as oscilações de sinal na cabine. A ideia é que a tecnologia já possa ser aplicada nas aeronaves que serão fabricadas em 2013.Batatas, você sabe, não vão ao banheiro, mas dispostas em sacas oferecem uma consistência bastante similar à do corpo humano. O uso dos vegetais permitiu aos engenheiros da Boeing entender melhor de que maneira o corpo humano atrapalha a transmissão dos sinais no avião. “O interior do avião é um ambiente eletromagnético bastante complexo”, afirmou, em entrevista à revista Wired, o Dennis Lewis, técnico da Boeing. “Alguns assentos tendem a ter sinal mais fraco, e outro sinal mais forte. Mas conforme as pessoas se movem, tudo isso muda de um instante para outro”, disse.
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