O ano de 2012 pode remeter, para os amantes de tecnologia, ao lançamento do iPhone 5, à chegada do Microsoft Surface ou mesmo ao carro desenvolvido pelo Google capaz de se deslocar sem motorista. No entanto, criações não tão úteis ou práticas também foram desenvolvidas e anunciadas, como um peixe-robô, um dispositivo que ajuda gatos a criartweets e, até mesmo, um celular de madeira que só telefona. O TechTudo selecionou alguns dos itens mais inúteis lançados neste período que termina e espera que os próximos 365 dias reservem muitas surpresas.
O novo iPhone 5, o Galaxy S3 ou algum outro smartphone de última geração é o sonho de consumo de nove entre dez pessoas. No entanto, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) criaram um aparelho que contraria esta lógica, o DIY Cell Phone, feito de madeira. Com um design quadradão e bastante rústico, ele tem suporte para cartões SIM (chips de celular) e funciona com qualquer operadora GSM.
O celular custou aproximadamente R$ 250 para ser produzido e tem tela com resolução de 160 x 128 pixels. Os desenvolvedores informaram que ele foi feito para encorajar a proliferação de telefones móveis personalizados e diversificados, democratizando o uso dos dispositivos através de tecnologias como impressoras 3D e plataformas de códigos abertos. A ideia era provar que é possível construir tais dispositivos com diferentes tipos de materiais. O DIY Cell Phone serve apenas para falar. Caso o usuário queira mandar SMS ou verificar o Facebook, esta não é a melhor opção.
O Kitty Cat Toy é um dispositivo desenvolvido pelo artista Marc de Vinky que permite que qualquer gatinho publique um post no Twitter. Basta o bichano tocar no aparelho para se conectar à internet e à rede social, criando tweets (que significa pio, em inglês) automaticamente. São exibidas no perfil mensagens como "Seu amiguinho atacou o Kitty Twitty" ou "O gato destruiu o brinquedo do Kitty Twitty"
A tecnologia funciona em conjunto com a plataforma de código aberto Arduino, uma placa de desenvolvimento capaz de integrar-se com outros sensores. De Vinky criou a tecnologia depois de sua esposa perguntar incessantemente sobre o felino do casal. Agora, ela já sabe quando o animalzinho está ocupado "navegando" na internet. Basta saber se o aparelho reproduz realmente o que o gato está "pensando".
E quem não tem gato para publicar em redes sociais, será que optaria por ter um peixe-robô? O japonês Takara Tomy criou uma versão eletrônica do animal, capaz de imitar sua forma de nadar e comer.
Visto como ideal para aqueles que não querem ter trabalho trocando água e dando comida, a versão eletrônica exige apenas a substituição, de vez em quando, das baterias do bichinho. Cada unidade custa em torno de R$ 76, mas, segundo os criadores, ainda precisa de ajustes no design para parecer mais com o verdadeiro. Será que alguma criança vai querer substituir o amiguinho real pela edição robótica?
A empresa de alimentos Kraft criou um sistema de vendas um tanto inusitado. Ela desenvolveu, junto com a Intel, o iSample, uma tecnologia, instalada em duas máquinas de pudins, nos Estados Unidos, que analisa o rosto do comprador e libera a sobremesa apenas para adultos. Através da biometria, elas escaneiam a face, estimam a idade e, então, permitem ou proíbem a consumo. A companhia ressalva que, para a segurança dos usuários, o sistema não armazena dados das pessoas.
Barco à vela, navio, iate, são inúmeras as maneiras de atravessar um oceano. Mas o engenheiro Chris Todd quis criar sua própria forma, desenvolvendo o Treadalo, um equipamento que se assemelha a rodas em que hamsters costumam se exercitar. A parafernália, posicionada em cima de uma espécie de jangada, tem um funcionamento bem simples: a caminhada do inventor gera energia cinética suficiente para que a embarcação se desloque.
O objetivo de Todd é angariar fundos para instituições de caridade ao atravessar os 106 Km do mar que separa a Irlanda do País de Gales. Apesar da ótima intenção, o aparelho não é nada prático, e na primeira tentativa, quebrou devido a onda maiores do que esperadas e o inventor teve que voltar para casa em um barco da marinha local.
As câmeras digitais de uso não profissional apresentam displays de LCD em que os usuários visualizam o cenário a ser fotografado. Mas parece que, para alguns, isso não é suficiente, afinal uma empresa americana desenvolveu o ClearViewer, uma lente convergente, que possibilita a visualização de todos os detalhes presentes na tela.
A função do dispositivo é um pouco confusa, afinal, a recurso do zoom digital existente nos aparelhos praticamente a mesma utilidade. Há dois modelos do acessório disponíveis para venda, que custam entre R$ 70 e R$ 100.
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